"Ninguém é tão grande que não possa aprender nem tão pequeno que não possa ensinar."
Autor desconhecido

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Sia Internacional da Ecologia


Pensei que se ouvia o eco
no sítio do ecoponto.

Fui lá e pus-me a gritar,
disseram que eu era tonto.

Só vi quatro contentores
com tampas de cor diversa.
Não gosto de estar calado,
Com eles meti conversa.

Disse logo o amarelo
que se chamava Embalão:
só engolia embalagens
com toda a sofreguidão.

Falou depois o azul
Dizendo -- Sou Papelão.
Traz-me papeis, papelinhos,
tudo o que seja cartão.

O verde logo contou
que seu nome era Vidrão:
comia copos, garrafas,
o vidro que cai no chão.

Havia mais um, cinzento,
que me pareceu porcalhão:
pediu-me cascas e espinhas,
até os ossos do cão.

Eu bem queria ouvir o eco
mas quem a mim me diria
que o eco do ecoponto
é eco de ecologia.

 

Luísa Ducla Soares

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